
http://www.youtube.com/watch?v=pTTGEhD1moY&feature=fvw
http://www.youtube.com/watch?v=tCVq0syU9CE&feature=related
Após o visionamento dos vídeos propostos pela professora, gostaria de tecer as seguintes considerações.
Apesar de julgar que a opinião manifestada pelos entrevistados no vídeo, estar longe de representar a grande maioria das pessoas, penso no entanto, que ela manifesta alguns preconceitos que estão enraizados na nossa cultura/sociedade.
A meu ver, estes preconceitos têm origem em duas situações muito concretas:
1. Existe um grande desconhecimento em relação ao outro e isto é gerador de receios e medos infundados, levando muitas vezes as pessoas, a preferirem o caminho facilitista de rejeitar o que é diferente, ao invés da procura de conhecer o outro e de o aceitar nas suas diferenças. Em suma, diria que rejeitamos/receamos tudo o que não conhecemos.
2. O outro factor que a meu ver, contribuí de uma forma decisiva para estas opiniões negativas que existem relativamente a algumas comunidades, deve-se numa primeira fase a estereótipos existentes na nossa cultura, que estão associados a determinadas comunidades, nomeadamente a nível da criminalidade e da suposta obtenção de benefícios sociais. Muitas vezes estes são reforçados pela própria comunicação social, quando dá “nacionalidade” ou “etnia” ao suposto criminoso, contribuindo na sociedade para a generalização de comportamentos de determinada comunidade. Para além disso, as pessoas no seu dia-a-dia, podem ter alguma experiência negativa no contacto com as diferentes culturas e criam aqui um estigma, um estereótipo e automaticamente uma generalização.
Trata-se a meu ver de algo que merece uma atenção especial, por parte das instituições públicas e da sociedade civil, na desconstrução de estereótipos que nascem da falta de informação/conhecimento, que impedem a pessoa de ver toda a realidade, tomando o todo pela parte. Assim, deviam existir políticas públicas concretas que trabalhassem a integração social das diferentes comunidades, numa lógica de esforço partilhado, entre a sociedade de acolhimento e os diferentes grupos sociais/étnicos.
No caso português, julgo que subsistem ainda na sociedade portuguesa alguns preconceitos nomeadamente, em relação a comunidades oriundas de países africanos, a meu ver, decorrentes ainda dos processos de descolonização e de movimentos migratórios que vieram servir interesses económicos de alguns sectores, aproveitando a mão-de-obra barata. Paralelamente não existiram políticas públicas de promoção da integração, subsistindo ainda hoje guetos de exclusão nos bairros sociais, onde algumas destas pessoas foram realojadas.
Na minha opinião, o realojamento feito nestes moldes, contribuiu de forma decisiva, para a não integração social destas pessoas, com a consequente manutenção de situações de pobreza, o que cria condições para o aumento da criminalidade, contribuindo assim, também, para o aumento de estereótipos facilitistas, relativamente a estas comunidades.
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