Tema II (Globalização, Comunicação e Identidades: Paradoxos de discursos identitários nas sociedades multiculturais), no segundo tema o meu trabalho centrou-se no que é ser português em portugal e nas diferentes partes do mundo. Começei a minha abordagem pela proximidade cultural que existem entre os paises, muitas das vezes decorrentes de um passado colonial e que facilitam a mobilidade entre o mesmo “espaço cultural”, com consequências obvias e facilitadoras dos processos de integração.
No entanto e apesar da existência da cultura “lusófona”, as diferentes identidades presentes no mesmo espaço, fazem igualmente sentir a suas características diferenciadoras do todo social, em especial numa sociedade multicultural onde existe o direito à diferença.
Por último destacaria o desafio também lançado pela docente, relativamente ao que é ser mulher portuguesa e homem português, o que me levou a reflectir sobre comunicação, na medida em que os obstáculos existem não somente entre culturas diferentes, mas também entre homens e mulheres, que têm uma génese distinta e uma identidade/papel social diferente.
Tema III (Construções Mediáticas da Etnicidade e das Migrações), neste tema ao elaborar o trabalho em conjunto com os meus colegas, a reflexão mais importante que retenho, está relacionada com a forma como algumas notícias sobre os imigrantes e as minorias etnicas são tratadas. Constatei em variadas situações que os media ao darem uma notícia, nomeadamente as que envolvem as comunidades culturais, caracterizam os individuos de uma forma excessiva e passível de criar na sociedade uma imagem generalista e errada. Esta caracterização traduz-se na identificação da nacionalidade e/ou etnia, bem com na situação regular ou não em território nacional. Os media ao realizarem este tipo de associação, criam um estigma e estreopoticos sobre estas comunidades, não analisando de uma forma séria e fundamentada a razão da existência da criminalidade em si, passando inclusivamente o foco destas noticias não para o facto em si, mas para a nacionalidade/etnia do individuo em questão.
Em suma, apreendi a olhar para os media com um olhar mais critico e ao mesmo tempo apreendi também, a importância do discurso jornalistico ser isento e neutro, a fim de que se possa promover a integração social dos imigrantes e da minorias, reduzindo ao mesmo tempo os estereotipos.
Tema IV (Sociedade – Rede e Ciber-cultura), neste ponto procurei identificar os principais blogs/sites das comunidades imigrantes em Portugal, com o objectivo de perceber como se apresentam e comunicam com a sociedade em geral. Ao elaborar a minha proposta de Blog, procurei que a mesma comunicasse de uma forma clara os objectivos da associação e se enquadrasse no quadro legislativo vigente de forma a comprovar assim a sua legitimidade. De seguida considerei importante a inclusão da história e da cultura da comunidade, para que a todos a possam conheçer e eventualmente encontarem reconhecimento de alguns aspectos em comum. Por último existe uma abertura da comunidade à sociedade através da aceitação de membros, bem com um espaço para sugestões. Em suma, ao elaborar esta tarefa fiquei a conheçer melhor como as diferentes comunidade existentes em Portugal apresentam a sua identidade, e por outro lado fez-me reflectir na qual seria a melhor forma de comunicar ao demais a minha própria cultura. O que nos pode remeter para uma das principais questões que comunicação intercultural, ou seja como podemos “nos” conheçer melhor, para melhor comunicarmos.
Relativamente a auto-avaliação, julgo que cumpri os objectivos propostos para esta unidade curricular, consubstânciado na elaboração de diversos trabalhos, que na minha opinião me permitiram aprender os fundamentos teóricos desta unidade curricular, bem como compreender a importância da comunicação intercultural num mundo globalizado com uma crescente mobilidade populacional. Li a documentação proposta, bem como procurei mais informação online sobre as temáticas desta unidade curricular. Antes da iniciar este mestrado não conhecia este campo disciplinar, no entanto após o estudo efectuado, considero que a comunicação intercultural têm uma importância fundamental, para o entendimento e aceitação do outro, meio imprescindivel para a construção de sociedades interculturais.
Considero assim que apreendi os conceitos em causa e aquiri um novo saber e competências, que procurarei desenvolver nas minhas actividades profissionais, nomeadamente nas relações com os públicos culturalmente diferentes, bem como na construção de projectos ou actividades direccionadas às populações estrangeiras.